quinta-feira, 15 de maio de 2014

AS SUAS DÚVIDAS SOBRE CASAMENTO

AS SUAS DÚVIDAS SOBRE CASAMENTO


Constance Zahn (Foto:  )
Maitê Hotoshi: Vou casar na praia, no mês de abril, e gostaria que você me ajudasse em relação ao bolo. Não gosto dos modelos falsos e acho os naked cakes simples e bonitos. Você acha que corro risco por causa da temperatura?
Constance Zahn:
 Oi, Maitê. Tudo bem? Até onde sei, não teria problema em ter o naked cake. Mas como o creme fica aparente, é melhor você se assegurar com o confeiteiro que escolher.  Algumas soluções:  deixar o bolo em um espaço coberto; caso o confeiteiro diga que é "perigoso" e, mesmo assim, você queira muito, pode pedir para a assessora ou bufê colocar o bolo na mesa mais perto do horário em que for cortá-lo.

Vanessa Lima:  Constance, vou me casar no litoral de São Paulo, mas moro na capital. É obrigação dos noivos reservar hotel/pousada para os convidados? O que diz a etiqueta?
Constance Zahn: 
Oi, Vanessa. Tudo bom? Não é obrigação, não. Mas uma gentileza que os noivos podem fazer para facilitar a vida dos convidados - e incentivá-los a ir - seria conversar com alguma pousada/hotel para tentar preços especiais. E aí, você pode fazer um site onde coloca informações úteis: opções de hospedagem, cabeleireiro... Agora, se puder oferecer o serviço de transfer - do hotel para a festa, ida e volta - aí é ótimo! Porque os convidados podem aproveitar a festa (e beber) sem se preocupar! 

Claudia Pereira Ribeiro: Os casamentos de hoje viraram um megaevento, mas nem todos conseguem pagar por isso. Fico só pensando quando for a vez das minhas filhas casarem. Ainda existe a opção bolo com champanhe na igreja? Ficou muito cafona?
Constance Zahn: 
Ainda existe o bolo com champanhe, mas acho que uma opção legal é um almoço para poucas pessoas (talvez famílias e padrinhos). Aquela coisa bem italiana de se comemorar à mesa, com muito charme.
Vanessa de Campos:  É recomendável que as madrinhas usem a mesma cor de vestido?
Constance Zahn: 
Vanessa, pode ficar superbonito na foto! Mas o principal é conversar com as madrinhas para ver se elas gostam da ideia. A gente sempre tem que lembrar que elas têm um gasto alto com o seus vestidos e também querem estar lindas nesse dia. Então, se elas toparem, ótimo. Se alguma não se sentir à vontade, aí é preciso encontrar uma alternativa.
Maria Silvia Ferraz: Não sou muito fã de casamentos tradicionais. Acho lindo para os outros, mas não me sentiria muito confortável. Queria só fazer uma balada, sem cerimônia. Tudo bem se eu for de vestido curto?       
Constance Zahn: 
 Se você não se sente bem de longo, use curto mesmo. Tem tantas opções lindas! Acima de qualquer convenção, você deve se sentir à vontade no dia do seu casamento.
Flores de uma cor só, como rosas e as ásteres, podem deixar a igreja linda e combinam com o buquê da noiva (Foto: Edu Castello/Editora Globo)
Mariana Veraldo: Vou me casar em uma capela simples. Qual é a decoração mais indicada?
Constance Zahn: 
Não há um tema mais indicado, mas branco e verde é uma combinação que sempre dá certo para as flores. E aconselho sempre uma decoração baixa na nave para que os convidados possam assistir bem à sua entrada. Uma boa opção, simples e chique, são buquezinhos amarrados aos bancos - pode ser em todos ou intercalados.
Mariana Mello: Quero me casar no civil e chamar a família próxima e amigos para um brinde. Minha casa é pequena, como fazer isso dar certo?
Constance Zahn: 
Oi, Mariana! Tudo bem? Bom, a primeira coisa é entender quantas pessoas cabem na sua casa. Você pode fazer um convite escrito à mão e com uma mensagem não tão formal, sabe? É bem simpático!  Em relação a comes e bebes, sendo em casa você pode fazer algo bem despojado. Finger food e bebidas self-service, por exemplo. Se puder, ter alguém para tirar copos e manter o lavabo/banheiro limpo durante toda a noite é ótimo (porque você, como noiva, ou a sua mãe, como mãe da noiva, não estarão com cabeça para pensar nisso).
Um outro jeito de saudar os noivos é optar por uma chuva de pompons coloridos. Estes, no cone, são da Denise Meneghello (Foto: Iara Venanzi/Editora Globo)
Maria Luiza Magalhães: Seria deselegante uma chuva de arroz na saída dos noivos? Existem outras opções no mercado?           
Constance Zahn: 
Arroz é tradicional! Opções seriam pétalas, bolhinhas de sabão e sparklers. Mas é sempre melhor checar com a igreja para saber o que eles permitem ou não.
Gabi Oliveira: Oi Constance, tudo bom? Pretendo ter mesas numeradas e com lugares marcados no meu casamento, mas sempre fico com o receio de os convidados não gostarem do lugar onde forem sentar e resolverem mudar por conta própria - quebrando todo o planejamento que fizemos para aproximar parentes da mesma família e afastar os que têm problemas de relacionamento. Como lidar com esta situação? Ao mesmo tempo, acho um pouco grosseiro pedir para o convidado respeitar e voltar ao seu lugar. Não gostaria de ver pessoas reclamando porque outros sentaram no seu lugar.
Constance Zahn: 
Oi, Gabi. Bom, em primeiro lugar, para que um jantar de casamento com lugares marcados dê certo é fundamental ter uma assessora (com equipe, de preferência) para coordenar tudo isso. Esse tipo de imprevisto que você citou como exemplo sempre pode acontecer. E aí, cabe à assessora ter jogo de cintura para resolver.

Outra coisa que você deve levar em consideração é que, no Brasil, as pessoas não são muito certinhas em relação a confirmação. Às vezes uma pessoa é confirmada, mas aí ela decide levar o namorado na última hora. Ou, às vezes, confirma e não vai. Em ambos os casos, é preciso fazer um rearranjo dos lugares.
Samuel Yisra'el Ben Tsion: Maio é conhecido como o mês das noivas e isso deve aumentar os custos do casamento. Existem meses mais tranquilos para casar, no qual a demanda não é tão grande, baixando assim até os custos?
Constance Zahn:
 Olá, Samuel. Há muitos casamentos ao longo de todo o ano,  mas os meses um pouco mais fracos são julho e agosto. Talvez, nestes, é possível conseguir negociar melhor. O dia da semana pode influenciar bastante também: quintas-feiras são uma boa opção.
Thaís Inara Tiago: As lembranças no meu casamento serão bem-casados, mas eu quero fazer uma caixinha especial para pessoas que ajudaram. Minha irmã, por exemplo, fez os convites.
Constance Zahn: 
Olá, Thaís! Tudo bem? Puxa, há tantas opções... Pode adicionar um aromatizador de ambientes, uma vela, um porta-joias, alguma coisinha de prata como uma caixinha - tudo personalizado, para que elas se lembrem dessa data.
Laura Dáfyne Pessanha: Estou com uma dúvida sobre o local da pista de dança: não sei se coloco na área do jantar ou separado. Terão muitos jovens, mas adultos que não gostam de bagunça. Meu medo é separar a festa e eu não curtir tudo como gostaria.
Constance Zahn: 
Oi, Laura. Tudo bem? Sempre que é possível, indico a pista próxima às mesas (ao lado ou ao centro). É um lugar bom, pois anima aqueles que estão sentados. Se a música for levemente alegre durante o jantar, já vai dando vontade de ir para a pista. Quem não gosta de bagunça pode sentar-se mais ao fundo - ou pode ir embora mais cedo.
Jeniffer Souza: Em um casamento tradicional a gravata dos padrinhos deve combinar com algo da decoração? Prata pode ser uma boa?
Constance Zahn: 
Nenhuma roupa - de padrinho, de madrinha, de daminha - deve combinar com a decoração. Gravata prata é sempre uma boa alternativa.
A florista Ana Malta sugere um buquê com margaridas e ásters, com jeitinho de ramalhete apanhado no campo (Foto: Iara Venanzi/Editora Globo)
Andreia Pereira de Abreu: Gostaria de uma sugestão de buquê para um casamento no sítio. Minha filha tem 22 anos e gostaria de modelo mais jovial.
Constance Zahn:
 Andreia, branco e verde não tem erro. Para um casamento no campo, acho que o ideal é um buquê "bagunçadinho", sabe? Quando as flores não estão muito certinhas, formando uma bolinha. Um modelo mais soltinho dá a impressão de que as flores foram colhidas por ali mesmo.  E em relação ao tamanho, prefiro os menores e não no formato cascata.
Luana Romariz: Sou uma noiva com o orçamento curto e penso em realizar ummini wedding. Seria deselegante servir um bufê de sopas?
Constance Zahn:
 Oi, Luana. Tudo bem? Sopas talvez não dê a sensação de saciedade nos convidados, sabe? Pode ser que eles fiquem esperando pela comida de fato. Acho importante ter alimentos sólidos. Saiba que tudo pode ser feito com charme. Você pode fazer uma pizzada de uma maneira bacana, talvez servindo minipizzas, ou em formato retangular.
Fernanda Sanches: Comecei a criar o brasão para o meu casamento e não sei qual inicial dos noivos deve ficar na frente. Existe uma regra para isso?
Constance Zahn:
 Quando o monograma tem as letras lado a lado (mesmo sendo uma um pouquinho mais pra cima que a outra), costumo ver a inicial da noiva antes da do noivo. Mas caso você não goste - esteticamente falando - da sua inicial antes, você pode fazer o monograma com as iniciais sobrepostas e entrelaçadas.
Jeniffer Souza: Qual o modelo mais utilizado atualmente para convites?
Constance Zahn:
 Acho que o mais importante é você ver o que combina mais com o estilo do seu casamento. Retangular horizontal é o mais tradicional. Quadrado é mais moderno. E retangular vertical pode ter um ar vintage. O que eu acho que está em baixa é convite muito grande.
Luana Diógenes: Meu noivo quer escolher cerca de 10 pares de padrinhos e eu acho muito. Como podemos homenageá-los de outra forma?
Constance Zahn: 
Essa é sempre uma questão complicada, porque às vezes rola ciúmes entre amigos. Mas uma alternativa poderia ser convidar alguns como padrinhos do religioso e outros como padrinhos do civil. Agora, se o que te incomoda for a quantidade de pessoas no altar, você pode colocá-los sentados nas primeiras fileiras. Fui madrinha em Portugal e foi assim.

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