Diário de Milão: Daniela Falcão fala dos destaques do domingo na MFW
Pós-fechamento da edição de março, ainda em estado de extase com oGala de Carnaval da Vogue, cheguei a Milão no domingo, depois de uma escala intensa em Paris (que me fez perder o vôo das 9h30 e, consequentemente, o desfile de Dolce & Gabbana, sempre um acontecimento e que desta vez foi além da Sicília com sua temática de contos de fada). Mas o dia ainda prometia com desfiles de Missoni, Ferragamo e MSGM e visitas a vários showrooms dos desfiles que não pude assistir, afinal so cheguei no penúltimo dia da fashion week de Milão. Encontrei Giovanni Frasson, que havia chegado na véspera, no meu hotel e de lá partimos voando para o local onde aconteceria o show da Missoni.
Angela Missoni, a mãe de Margherita e responsável pela coleção feminina, apostou na geometria (assim como Karl Lagerfeld ja havia feito na Fendi) e o resultado foi uma leitura completamente fresh da camuflagem, com as formas geométricas formando as tradicionais manchas dos uniformes dos soldados. O artsy continua em alta, mas agora ecoa mais o modernismo e Bauhaus que o pop das temporadas passadas. A silhueta era oversized, inspirada no sportswear masculino (outra tenedencia megaforte da estação)– amamos as parkas e os hoodies! Angela Missoni também sabe como poucos traduzir a cada semestre a graça da italiana urbana e com uma pitadinha hippie, e desta vez as modelos me pareceram todas um pouco como Annie Hall de Woody Allen no filme homônimo. Pochetes e mochilas deram pinta na passarela, mostrando que não e apenas Lagerfeld a insistir em reabilitar tais acessórios – as pochetes da Missoni, de couro e rígidas, lembravam também um pouco os “coldres” de ombro que Alexander Wang apresentou em seu desfile: são praticas, você carrega celular, dinheiro, chaves, documento e batom... Eu tô achando que vão pegar... A mochila já e unanimidade... A questão agora e escolher a que tem a sua cara! Na paleta de cores, muitos terrosos e os tons da bandeira do Brasil em versão esmaecida. Eu realmente gostei do desfile da Missoni, que ousou no shape, nas cores e no styling, mas ao mesmo tempo manteve o inverno viável usando o tricô que é marca registrada da casa fundido a outros materiais. Uma pegada 70s bem suave, pra uma moça intelectual, sim, mas que sabe se divertir!
Angela Missoni, a mãe de Margherita e responsável pela coleção feminina, apostou na geometria (assim como Karl Lagerfeld ja havia feito na Fendi) e o resultado foi uma leitura completamente fresh da camuflagem, com as formas geométricas formando as tradicionais manchas dos uniformes dos soldados. O artsy continua em alta, mas agora ecoa mais o modernismo e Bauhaus que o pop das temporadas passadas. A silhueta era oversized, inspirada no sportswear masculino (outra tenedencia megaforte da estação)– amamos as parkas e os hoodies! Angela Missoni também sabe como poucos traduzir a cada semestre a graça da italiana urbana e com uma pitadinha hippie, e desta vez as modelos me pareceram todas um pouco como Annie Hall de Woody Allen no filme homônimo. Pochetes e mochilas deram pinta na passarela, mostrando que não e apenas Lagerfeld a insistir em reabilitar tais acessórios – as pochetes da Missoni, de couro e rígidas, lembravam também um pouco os “coldres” de ombro que Alexander Wang apresentou em seu desfile: são praticas, você carrega celular, dinheiro, chaves, documento e batom... Eu tô achando que vão pegar... A mochila já e unanimidade... A questão agora e escolher a que tem a sua cara! Na paleta de cores, muitos terrosos e os tons da bandeira do Brasil em versão esmaecida. Eu realmente gostei do desfile da Missoni, que ousou no shape, nas cores e no styling, mas ao mesmo tempo manteve o inverno viável usando o tricô que é marca registrada da casa fundido a outros materiais. Uma pegada 70s bem suave, pra uma moça intelectual, sim, mas que sabe se divertir!
Devidamente updated, cheguei com Giovanni ao desfile da Missoni, que fez uma leitura completamente fresh da camuflagem, com muita geometria e silhuetas oversized inspiradas no sportswear masculino – amamos as parkas e os hoodies! Também é louvável o esforço de Angela Missoni em manter a graça da italiana urbana e com uma pitadinha hippie. Pochetes e mochilas mostram o investimento em acessórios, novidade até duas temporadas atrás, e na paleta de cores, muitos terrosos e os tons da bandeira do Brasil em versão esmaecida. Eu realmente gostei do desfile da Missoni, que ousou no shape, nas cores e no styling, mas ao mesmo tempo manteve o inverno viável usando o tricô que é marca registrada da casa fundido a outros materiais. Uma pegada 70s bem suave, tipo Annie Hall versão 2014. Na saída, encontramos a querida Amanda Welch, outra brasileira que anda mandando muito bem no exterior e que é o rosto do verão 2014 da Gucci.
A tarde começava a cair no lindo domingo em Milão e, ignorando o jet leg, segui para o re-see da Pucci, que havia desfilado no dia anterior. Já na entrada, lenços vintage decoravam os corredores do ateliê. Amei a incrível coleção Call of the Wind de Peter Dundas, inspirada nos povos nativos de sua Noruega natal, uma esquimó com pinta de navajo que usa grandes ponchos e jaquetas étnicas em momentos mais provados, mas sobe no salto e mergulha no decorativismo em vestidos de costas nuas cheios de brilhos e bordados. Um exemplo desse mix e o porta ipad com aplicação de miçangas imitando o efeito do cavalino, que eu fiquei apaixonada. A coleção tem muitos best-sellers em potencial, resultado sobretudo desta fusão da iconografia clássica das estampas históricas da Pucci com o toque montanhês de Dundas nesta temporada.
De lá seguimos a pe para o local onde aconteceria o desfile de Salvatore Ferragamo, no Palazzo Mezanotte, mas ainda bem que tivemos tempo para uma tacinha de tinto (pra mim) e uma Coca (Giovanni) com panne e prosciutto ja que eram quase 18h e nenhum de nos dois havia almoçado. Na primeira fila, Hilary Swank atraia todos os flashes e Giovanni Bianco, responsável pela direção de arte, contava sobre o que veríamos a seguir. “A luz esta ótima para as roupas, mas talvez fique muito chapado para a plateia”, contou Giovanni, que esta finalizando um livro para a Taschen so com orações de varias religiões, em formato de caixinha. Adorei a novidade, tomara que saia logo. Voltando ao desfile, a luz estava perfeita, assim como a coleção de Massimiliano Giornetti, a sua melhor ate hoje, com bons vestidos e separates que servem tanto para um office chic quanto para jantares formais. Massimiliano também apresentou uma variedade de capas e casacos to die for, podres de chique mesmo, daqueles pra durar a vida toda. Do leopardo mais chique do mundo ao de croco que deve valer um apartamento, passando pelas peças com ligeiro detalhe artsy e pelas capas xadrez, há um perfeito para você – e eu queria todos! Um desfile sóbrio e elegantérrimo, com ótimo styling de Marie Chaix (repara nas golas rulês, que são trend da estação e que no pré-fall da Dior vêm em versão avulsa pra você combinar com vestidos e casacos), que assumiu o posto graças a indicação de Bianco. Bravo!
De lá seguimos a pe para o local onde aconteceria o desfile de Salvatore Ferragamo, no Palazzo Mezanotte, mas ainda bem que tivemos tempo para uma tacinha de tinto (pra mim) e uma Coca (Giovanni) com panne e prosciutto ja que eram quase 18h e nenhum de nos dois havia almoçado. Na primeira fila, Hilary Swank atraia todos os flashes e Giovanni Bianco, responsável pela direção de arte, contava sobre o que veríamos a seguir. “A luz esta ótima para as roupas, mas talvez fique muito chapado para a plateia”, contou Giovanni, que esta finalizando um livro para a Taschen so com orações de varias religiões, em formato de caixinha. Adorei a novidade, tomara que saia logo. Voltando ao desfile, a luz estava perfeita, assim como a coleção de Massimiliano Giornetti, a sua melhor ate hoje, com bons vestidos e separates que servem tanto para um office chic quanto para jantares formais. Massimiliano também apresentou uma variedade de capas e casacos to die for, podres de chique mesmo, daqueles pra durar a vida toda. Do leopardo mais chique do mundo ao de croco que deve valer um apartamento, passando pelas peças com ligeiro detalhe artsy e pelas capas xadrez, há um perfeito para você – e eu queria todos! Um desfile sóbrio e elegantérrimo, com ótimo styling de Marie Chaix (repara nas golas rulês, que são trend da estação e que no pré-fall da Dior vêm em versão avulsa pra você combinar com vestidos e casacos), que assumiu o posto graças a indicação de Bianco. Bravo!
Dos casacos para os calçados da casa italiana. O arquivo máster de sapatos da Salvatore Ferragamo, 50 pares ao todo, foram reunidos em uma exposição relâmpago com curadoria de Franca Sozzani, da Vogue Italia. Os modelos icônicos, incluindo o escarpim de cristais vermelho usado por Marilyn Monroe, foram exibidos em um cenário caprichado assinado pelos alunos da Academia de Bellas Artes de Brera. Ferrucio Ferragamo, o presidente da marca, assim como seu (belo) filho James, diretor de small leather goods, ciceroeavam Hilary Swank e Franca, enquanto Massimiliano Giornetti recebia cumprimentos pelo desfile impecável. Um coquetel servido na própria academia de Brera, com direito a gim tonica com gelo seco, o tal efeito drinks lúdicos que os italianos adoram.
Dos casacos para os calçados da casa italiana. O arquivo máster de sapatos da Salvatore Ferragamo estão reunidos em uma expo com curadoria de Franca Sozzani, da Vogue Italia, lá em Milão. Os modelos icônicos, incluindo o escarpim de cristais vermelho usado por Marilyn Monroe, são exibidos em um cenário caprichado assinado pelos alunos da Academia de Bellas Artes de Brera. Ao fundo, James Ferragamo, o diretor de small leather goods e herdeiro da grife, que trabalha diretamente com Massimiliano Giornetti Sonhos de uma noite de inverno para as shoes lovers!
Antes porem de visitarmos a exposição assistimos ainda ao esperado segundo desfile da neomarca italianaMSGM, de Massimo Giorgetti, expert em estampas multicoloridas e silhuetas maxi e boxy. Esperto (e com a providencial ajuda da stylist de Vogue em Milão Viviana Volpicella), Massimo controlou a profusão de prints digitais que ja cansaram e investiu também em tecidos típicos da alfaiataria masculina, em lame dourado e ate em sofisticados efeitos cloques (aquela rusguinha que se forma no tecido). No quesito estampas, destaque para as de aparência artsy, num resultado final que não deixa sinais de mesmice apesar de sua habitual silhueta oversized e shape boxy dos tops. O toque final ficou com os detalhes de pelúcia nas luvas e nos sapatos – very cool! A modelo brasileira Cris Hermann brilhou (literalmente!), com look dourado na passarela.
Finalizamos o dia com Lee Oliveira e a turma top da Monica Mendes Comunicação numa pizzaria em Naviglio Grande a Fabbrica. Intense e muuuito bom! (DANIELA FALCÃO, de Milão)
Finalizamos o dia com Lee Oliveira e a turma top da Monica Mendes Comunicação numa pizzaria em Naviglio Grande a Fabbrica. Intense e muuuito bom! (DANIELA FALCÃO, de Milão)
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