sexta-feira, 18 de julho de 2014

A vez do X-tudo: a moda anda obcecada pelo fast-food e guloseimas

A vez do X-tudo: a moda anda obcecada pelo fast-food e guloseimas



A junk food couture criada por Jeremy Scott para o inverno da Moschinoemfoto da Vogue coreana (Foto:  )

Já faz tempo que a comida virou obsessão no Instagram: ame ou odeie, hoje não há mais como se fugir de receitas light, pratos elaborados e snacks apetitosos na nossa timeline de cada dia. Na moda, a mania começou há algumas estações, exatamente como deve começar nosso dia: com frutas – no caso, as bananas da Prada, noverão de 2011. De lá para cá,vieram as pimentas e os alhos da Dolce & Gabbana, o revival da lagosta (que nos anos 30 marcou o trabalho de Elsa Schiaparelli), e, aqui no Brasil, a febre tropicalista detonada pelos cajus da Isolda. Mas a nova temporada marca o fim da feira – agora, quanto mais junk,melhor. Nas coleções internacionais
para o inverno 2014/15,que começam a ser vendidas no início do mês que vem mundo afora,estilistas de peso apontaram seu apetite para guloseimas hipercalóricas e toda a sorte de fast-food.
Happy meal: fast- -food dá ar popem editorial de junho desta Vogue (Foto:  )

Ocombo mais saboroso surgiu na estreia do americano Jeremy Scott na italiana Moschino, na semana de moda de Milão, em fevereiro passado: conhecido por seu estilo debochado, ele misturou a alfaiataria sofisticada da grife às cores e aos ícones do McDonald’s, da logomarca à batata frita.Essa parte do desfile,que também teve vestidos de noite com estampas inspiradas nas embalagens dos chocolates Hershey’s e do coloridíssimo cereal Froot Loops, deu origem a uma coleção-cápsula apropriadamente batizada de Fast-fashion, que começou a ser vendida on-line logo depois que as modelos deixaram a passarela e virou hit instantâneo – Anna Dello Russo deu uma mãozinha ao usar no dia seguinte à apresentação um vestido-suéter da linha, apelidada pelos fashonistas de “Moschidonald’s”.
Karl Lagerfeld transformou o Grand Palaisem hipermercado no desfile de inverno da Chanel, com produtos feitos só para a apresentação. Abaixo, Anna Dello Russo, fã de primeira hora das peças “Moschidonald’s” (Foto:  )

Já Karl Lagerfeld levou ao extremo essa celebração da comida ao transformar o Grand Palais em hipermercado no desfile da Chanel. Mais parecendo uma instalação de arte,o cenário teve direito a centenas de diferentes produtos com o logo da grife estampado – entre eles, a latinha de atum Délice de Gabrielle (para quem não lembra: o primeiro nome de Chanel) e o queijo camembert Cambonay, uma brincadeira com a Rue Cambon, onde fica o mais lendário endereço da maison.
  (Foto:  )

O novo cardápio da moda tem como desfecho acessórios deliciosos. A inglesa Anya Hindmarch apostou em bolsas que remetem às embalagens de Sucrilhos e Corn Flakes,que prometem repetir o sucesso da sua Crisp Packet, inspirada nos saquinhos de batata frita, best-seller da marca no verão. Outro must-have é a clutch em formato de takeaway de restaurante chinês: a caixinha apareceu na apresentação da americana Kate Spade e ganhou versão mais preciosa,coberta de bordados delicados, na coleção da inglesa Charlotte Olympia. Dá para resistir? (ALEXANDRA FARAH)

Este é apenas um trecho da matéria "A vez do X-tudo". Leia o texto na íntegra na edição de julho da Vogue Brasil.
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