terça-feira, 14 de junho de 2016

Novos PS4 e Xbox One capazes de rodar realidade virtual estão em criação. Feira abre as portas nesta terça-feira (14) em Los Angeles, nos EUA.

E3 2016 coloca em jogo realidade virtual e novas versões de videogames

Novos PS4 e Xbox One capazes de rodar realidade virtual estão em criação.
Feira abre as portas nesta terça-feira (14) em Los Angeles, nos EUA.


PlayStation VR, plataforma de realidade virtual da Sony, e a apresentação do Project Scorpion, nova versão mais potente do Xbox One, da Microsoft. (Foto: Divulgação/Sony; Bruno Araújo/G1)PlayStation VR, plataforma de realidade virtual da Sony, e a apresentação do Project Scorpio, nova versão mais potente do Xbox One, da Microsoft. (Foto: Divulgação/Sony; Bruno Araújo/G1)
A E3 2016, edição deste ano da maior feira de games do mundo, abre as portas nesta terça-feira (14) e a realidade virtual mais uma vez é um dos seus grandes assuntos. Agora, no entanto, com implicações mais sérias para quem gosta de jogos.
Essa é a primeira edição da feira em que a realidade virtual deixará de ser tratada como um assunto hipotético, um campo de experimentos, que tolera experiências que não deram certo.
Isso porque em 2016 foram lançados comercialmente os primeiros equipamentos capazes de processar essa tecnologia em computadores (e a um custo bem alto). E aproveitando o embalo de Oculus Rift e HTC Vive, a Sony marcou para 13 de outubro o lançamento do PlayStation VR, os óculos de realidade virtual do PS4 e o primeiro do tipo para consoles.
Os protótipos agora são produtos. O futuro, pelo visto, finalmente chegou. O que ninguém esperava era o tamanho da conta.
Suporte a uma nova realidade
Pouco antes do início da E3 2016, Sony e Microsoft anunciaram novas versões de seus videogames, que, entre outras funções, teriam como objetivo viabilizar a realidade virtual nos consoles em sua totalidade. Ou seja: seu PS4 e seu Xbox One atuais não são capazes de fazer isso da maneira mais adequada, e será preciso desenvolver (e você comprar) um novo aparelho que explore com toda qualidade esse tipo de experiência.
Essa condição por si só não é um problema tão grande. É comum que uma tecnologia comercialmente incipiente como a realidade virtual seja adotada por um grupo seleto de “early adopters”, pessoas que estão dispostas a bancar um investimento alto por um produto novo só para poder testar primeiro.
A questão é com o resto do público. Já que aquele aparelho que está debaixo da sua TV na sala ou no quarto, e que prometia ser compatível com todos os jogos que você gosta por pelo menos uns 8 anos, agora pode precocemente (e subitamente) deixar de oferecer o melhor dos jogos de seu acervo.
Pois não é apenas a realidade virtual que se beneficia do poder dos novos Xbox One “Project Scorpio” e PS4 “Neo” – esses são apenas seus codionomes. Os aparelhos também serão capazes de processar imagens em resolução 4K, Ultra HD, e sabe se lá quais outros recursos técnicos que as empresas ainda não detalharam.
Tanto Sony como Microsoft juram que nada muda para quem já tem um videogame desses. Que todos os games serão compatíveis com a sua respectiva família de aparelhos. Mas compatíveis como, se são consoles tão diferentes? A partir de que ponto a diferença de experiências torna injusto se vender um produto com expectativa de vida de longo prazo e, pouco tempo depois, mudar as regras do jogo?
Essas e outras dúvidas precisarão ser esclarecidas por Sony e Microsoft. Esse é um momento inédito na indústria de videogames. Não vivemos uma nova geração de consoles, como aconteceu da transição de Xbox 360 e PS3 para a atual. Mas uma meia-geração, alimentada por uma tecnologia que é muito promissora, mas que ainda não se concretizou.
Sony e Microsoft estão apostando na realidade virtual. Mas quem pode pagar pelo palpite é você.

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