'Injustice 2': Queremos que jogador crie seu próprio Batman, diz Ed Boon
Jogador pode personalizar armaduras de heróis da DC em novo game de luta.
G1 falou com diretor do jogo, e co-criador de 'Mortal Kombat', na E3 2016.
'Injustice 2': Queremos que jogador crie seu próprio Batman, diz Ed Boon
Jogador pode personalizar armaduras de heróis da DC em novo game de luta.
falou com diretor do jogo, e co-criador de 'Mortal Kombat', na E3 2016.
"Injustice 2", novo game de luta entre os super-heróis dos quadrinhos da DC, vai introduzir elementos de RPG no gênero da pancadaria virtual. Isso porque ele irá deixar você personalizar as características dos lutadores, equipando itens que alteram atributos como o poder de ataque, de defesa e até a barra de vida de cada um.
A ideia, segundo Ed Boon, co-criador da série "Mortal Kombat" e diretor da Netherrealm Studios, é permitir que os jogadores "criem suas próprias versões de Batman e Superman". O G1 conversou com a lenda dos videogames durante a E3 2016, feira que aconteceu em Los Angeles (EUA) em junho.Assista ao vídeo acima.
"Nos nossos últimos games, tentamos dar mais controle sobre os personagens. Ao contrário de só criarmos um lutador e dizer 'ele é assim, e você precisa aprender'. Queremos que os jogadores façam parte da definição de cada personagem", diz Boon.
"Com 'Mortal Kombat X', você podia escolher entre três versões de cada lutador. E com esse jogo quisemos dar controle sobre mais variáveis. Pareceu a oportunidade perfeita para introduzirmos esses itens que afetam os lutadores. Quando o jogador equipa essas armaduras, ele ganha as vantagens de cada uma".
E o que isso significa? Basicamente, que cada pessoa que joga "Injustice 2" poderá ter uma variação única dos heróis do game. Ao fim de cada partida, ganhando ou perdendo, o jogador leva um pacote com itens aleatórios – é como um "loot" de games de RPG, ou as recompensas deixadas pelos inimigos derrotados. Esses equipamentos se encaixam em uma de cinco categorias (capacetes, coletes, braceletes, botas e uma específica de cada personagem) e têm vários efeitos, como resistência a certos ataques ou o aumento de dano do movimento especial, por exemplo.
Esse sistema de itens de "Injustice 2" parece levar à risca o que já é padrão em jogos do tipo. As peças de armadura seguem uma classificação que vai de comum a lendária, e quanto mais rara ela for, mais poderosa. Isso significa que, no começo, seu Superman vai ter de se contentar com uma bota mais ou menos que só garante 3% a menos de dano. Mas depois, no final do game, ele pode muito bem ter uma tiara que dobra a sua barra de vida – e ainda por cima o deixa.... mais louco que o Batman (literalmente).
Além de alterar números, os equipamentos de "Injustice 2" também mudam completamente o visual de cada super-herói. Ainda falando do Superman, na demonstração da E3 2016 era possível combinar o colete da série "Red Son", em que o personagem nasce na antiga União Soviética e usa o símbolo da foice e do martelo no peito, com o esquema de cores (e materiais) do novo arco de histórias "Superman: Rebirth".
É a lógica de "World of Warcraft", "Destiny" e "The Division" desembarcando nos games de luta.
Melhor que 'BvS'?
Uma das características mais elogiadas do primeiro "Injustice" era o seu modo história, que, assim como "Mortal Kombat" e "Mortal Kombat X", apresentava praticamente todos os personagens do game com um enredo digno de HQs. No caso, um grupo de super-heróis liderado pelo Batman luta para liberar o mundo do controle de um Superman tirânico, atormentado pela morte de Lois Lane.
Uma das características mais elogiadas do primeiro "Injustice" era o seu modo história, que, assim como "Mortal Kombat" e "Mortal Kombat X", apresentava praticamente todos os personagens do game com um enredo digno de HQs. No caso, um grupo de super-heróis liderado pelo Batman luta para liberar o mundo do controle de um Superman tirânico, atormentado pela morte de Lois Lane.
Na E3 2016, Ed Boon ainda não pode compartilhar muitos detalhes sobre a história da sequência, mas afirmou que ela dá continuidade aos acontecimentos do primeiro jogo, que acaba com Batman prendendo o Superman. "Como Superman está no game, dá para imaginar que ele não fica na prisão para sempre".
A demonstração de "Injustice 2" na E3 2016, porém, tinha seis personagens: os veteranos Batman, Superman e Aquaman; e os novatos Supergirl, Atrocitus e Gorilla Grodd – esses dois últimos são vilões dos universos de Lanterna Verde e Flash, respectivamente. O Flash, aliás, não apareceu na tela de seleção de lutadores do jogo, mas está no primeiro trailer do game no meio da treta entre Clark Kent, Bruce Wayne e o Rei de Atlântida.
Gorilla Grodd combina força bruta e poderes telecinéticos – é como se Ferra & Torr e Ermac tivessem um filho, para quem joga "Mortal Kombat X". Já Atrocitus surge em uma versão sanguinolenta e infernal que poderia muito bem estar em um jogo da série "Mortal Kombat", como diz o próprio Ed Boon.
Quando a parada fica séria
Incluir uma mecânica de jogo que permite milhares de variações diferentes abraça muitas possibilidades de jogo, mas pode soar como um inferno para quem leva o jogo bem a sério. Afinal, como preparar uma estratégia de campeonato se não existem 30, mas 5, 10, 15 mil personagens diferentes?
Incluir uma mecânica de jogo que permite milhares de variações diferentes abraça muitas possibilidades de jogo, mas pode soar como um inferno para quem leva o jogo bem a sério. Afinal, como preparar uma estratégia de campeonato se não existem 30, mas 5, 10, 15 mil personagens diferentes?
Mas Ed Boon tranquiliza seu coração. "Injustice 2" terá um modo de jogo que desabilita a principal característica do game e desconsidera as mudanças de atributos de cada item. "Certamente teremos um modo de jogo nivelado, em que todos os Batmans e Supermans são iguais. Sabemos que o jogo competitivo precisa de equilíbrio".
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