Alunos fazem workshop para drag queens na Universidade de Brasília
Entre outras técnicas, estudantes aprenderam a esconder sobrancelha.
Contra preconceito, evento quis dar visibilidade à causa, diz organizador.
No mês em que comemora a diversidade LGBT, alunos da Universidade de Brasília organizaram uma oficina de montagem e maquiagem para 40 drag queens. Além de ensinar técnicas específicas, o objetivo do evento era dar visibilidade à causa e combater o preconceito. Um dos procedimentos mostrados no workshop foi o de esconder as sobrancelhas, com cola e maquiagem.
A iniciativa foi promovida com o apoio do coletivo “Manas drags”. Representante do movimento, Caio Handel disse que a oficina tinha a intenção de questionar a apresentação de gêneros. “A drag vem para debochar da figura do homem que não pode ser feminino. Montar-se é uma forma de empoderamento ao assumir a figura feminina que é negada ao homem desde a infância”, afirma.
Para o mestrando em filosofia Cleuber Amaro (ou Vanda Lavandala), a reunião proporcionou refletir sobre o tema da inclusão. “O espaço da militância ainda é muito monopolizado pelo público masculino. Esse questionamento foi aberto a todos e trouxe o debate para a possibilidade. Como você se transformaria se pudesse ser outro rosto, outra cara, outra personalidade?”
O workshop aconteceu no dia 3 de junho no Centro Acadêmico de Sociologia (Caso). A expectativa é de que outra edição do curso seja realizada nos próximos meses.
Intolerância
A ação foi antes do episódio de intolerância na universidade. No dia 17 de junho, um grupo com cerca de dez pessoas entrou no Instituto Central de Ciências (ICC) e proferiu insultos a membros da comunidade LGBT, negros e beneficiários das cotas sociais. O governador Rodrigo Rollemberg pediu “atenção especial” à Polícia Civil na investigação sobre o caso.
A ação foi antes do episódio de intolerância na universidade. No dia 17 de junho, um grupo com cerca de dez pessoas entrou no Instituto Central de Ciências (ICC) e proferiu insultos a membros da comunidade LGBT, negros e beneficiários das cotas sociais. O governador Rodrigo Rollemberg pediu “atenção especial” à Polícia Civil na investigação sobre o caso.
Na segunda-feira (20), alunos de graduação e pós-graduação fizeram um protesto de repúdio à situação. levaram faixas como frases como "aqui não tem espaço pra fascista", "contra o avanço conservador" e "liberdade de expressão não é liberdade de opressão". Segundo uma das organizadoras, o ato reuniu 500 pessoas.
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