E3 2016 coloca em jogo realidade virtual e novas versões de videogames
PS4 e Xbox One mais potentes estão no forno para rodar nova tecnologia.
Feira E3 abre as portas nesta terça-feira (14) em Los Angeles, nos EUA.
A E3 2016, edição deste ano da maior feira de games do mundo, abre as portas nesta terça-feira (14) e a realidade virtual mais uma vez é um dos seus grandes assuntos. Agora, no entanto, com implicações mais sérias para quem gosta de jogos.
Essa é a primeira edição da feira em que a realidade virtual deixará de ser tratada como um assunto hipotético, um campo de experimentos, que tolera iniciativas que não deram certo.
Isso porque em 2016 enfim foram lançados comercialmente os primeiros equipamentos capazes de processar essa tecnologia nos computadores (e a um custo bem alto). E aproveitando o embalo de Oculus Rift e HTC Vive, a Sony marcou para 13 de outubro o lançamento do PlayStation VR, os óculos de realidade virtual do PS4 e o primeiro do tipo para consoles.
Os protótipos agora são produtos. O futuro, pelo visto, finalmente chegou. O que ninguém esperava era o tamanho da conta que ele iria cobrar.
Suporte a uma nova realidade
Pouco antes do início da E3 2016, Sony e Microsoft anunciaram novas versões de seus videogames, que, entre outras funções, teriam como objetivo viabilizar em sua totalidade a realidade virtual nos consoles. Ou seja: seu PS4 e seu Xbox One atuais não são capazes de fazer isso da maneira mais adequada, e será preciso desenvolver (e você comprar) um novo aparelho para explorar com toda a qualidade esse tipo de experiência.
Pouco antes do início da E3 2016, Sony e Microsoft anunciaram novas versões de seus videogames, que, entre outras funções, teriam como objetivo viabilizar em sua totalidade a realidade virtual nos consoles. Ou seja: seu PS4 e seu Xbox One atuais não são capazes de fazer isso da maneira mais adequada, e será preciso desenvolver (e você comprar) um novo aparelho para explorar com toda a qualidade esse tipo de experiência.
Essa condição por si só não é um problema tão grande. É comum que uma tecnologia incipiente como a realidade virtual seja adotada primeiro por um grupo seleto de "early adopters", pessoas que estão dispostas a bancar um investimento alto em um produto novo só para poder testá-lo em primeira mão.
A questão é o resto do público. Já que aquele aparelho que está debaixo da sua TV na sala ou no quarto, e que prometia ser compatível com todos os jogos que você gosta por pelo menos uns 8 anos, agora pode precocemente (e subitamente) deixar de oferecer o melhor dos jogos de seu acervo.
Pois não é apenas a realidade virtual que se beneficia do poder dos novos Xbox One "Project Scorpio" e PS4 "Neo" – esses são apenas seus codionomes. Os aparelhos também serão capazes de processar imagens em resolução 4K (Ultra HD) e sabe-se lá quais outros recursos técnicos que ainda não foram detalhados pelas empresas.
Tanto Sony como Microsoft juram que nada muda para quem tem um (agora) videogame antigo. Ambas dizem que todos os games serão compatíveis com a sua respectiva família de aparelhos. Mas compatíveis como, se são consoles tão diferentes? O que muda além da resolução de imagem? E a partir de que ponto o avanço proporcionado pelos novos consoles se justifica, já que os aparelhos originais foram vendidos com uma expectativa de vida de longo prazo?
Essas e outras dúvidas precisam ser esclarecidas por Sony e Microsoft. Esse é um momento inédito na indústria de videogames. Não iremos viver uma nova geração de consoles, como aconteceu da transição de Xbox 360 e PS3 para a atual. Mas uma meia-geração fomentada por uma tecnologia que é promissora, mas que ainda não se concretizou para a grande maioria e pode enterrar os consoles atuais de todos.
Sony e Microsoft apostam na realidade virtual. Mas quem pode pagar pelo palpite é você.
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