Acupuntura na gravidez
Prática chinesa ajuda nas dores lombares e enjoos do primeiro trimestre da gestação
Usar qualquer medicamento na gravidez é sempre motivo de insegurança, principalmente nos três primeiros meses da gestação, quando muitas substâncias podem levar ao aborto espontâneo. Como alternativa para aliviar eventuais desconfortos, a acupuntura pode ser extremamente benéfica durante esse período.
A técnica vem da medicina tradicional chinesa e consiste na estimulação das terminações nervosas do corpo por meio de finas agulhas que atravessam a camada superior da pele. Geralmente, elas são aplicadas nas mãos, pés, orelhas e costas, com o objetivo de equilibrar a energia do organismo e, assim, fazê-lo curar ou prevenir doenças por si só.
Na gravidez, a acupuntura ajuda a amenizar as dores e o inchaço nas pernas e, também, o incômodo nas costas, que ocorrem tanto durante a gestação – devido ao excesso de peso da barriga – quanto após o parto, quando ocorre uma nova mudança, dessa vez mais abrupta em relação ao peso, e a coluna sente – sem contar o peso do bebê e, algumas vezes, a má postura na hora de amamentar. Doenças que necessitariam de antibióticos, como inflamações na garganta também podem ser tratadas com as agulhas.
Além disso, a técnica auxilia no combate aos corriqueiros enjoos e vômitos, típicos do início da gestação, e ajuda a encaixar o bebê para o parto normal. “É possível estimular ou diminuir as contrações uterinas que, por sua vez,vão acertar a posição do bebê para o parto”, justifica Alessandra Bedin Ciminelli Rubino, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).
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Os problemas emocionais, como a ansiedade ou a depressão, também podem ser atenuados pela acupuntura. De acordo com um estudo da Universidade Southern Medical, na China, o método é mais eficaz do que antidepressivos orais e produz menos efeitos colaterais durante o tratamento.
Para o professor Yong Huang, autor do estudo, a acupuntura e a eletroacupuntura têm um efeito terapêutico muito rápido e produzem uma melhoria notável em casos de transtorno obsessivo compulsivo e de ansiedade.
A técnica pode ser realizada antes mesmo da fecundação e se estender até depois do parto. Segundo o acupunturista e clínico geral Evaldo Martins, da Associação Brasileira de Acupuntura, a prática melhora a qualidade das células reprodutivas (óvulo e espermatozoide). “Antes da concepção, a mulher e o homem podem se submeter à acupuntura. A prática vai deixar as células reprodutivas mais saudáveis e fortes e, assim, facilitar a fecundação”, assegura.
De acordo com Alessandra, os riscos que o método representa são quase inexistentes. “As restrições se aplicam basicamente à eletroestimulação, que é proibida durante os nove meses, e a algumas regiões do corpo”, diz. A eletroacupuntura - em que os profissionais usam aparelhos elétricos para potencializar o efeito da técnica - deve ser evitada durante a gravidez, devido ao risco de aborto e malformação do feto.
Apesar de os riscos serem pequenos, alguns cuidados devem ser tomados. A acupuntura tem que ser (sempre!) realizada por um profissional qualificado, pois alguns pontos do corpo podem provocar contrações uterinas indesejadas, resultando em nascimento prematuro ou até mesmo em aborto. Atenção às agulhas também! Para evitar contaminações, é importantíssimo que elas sejam descartadas após o uso. Mas, se cada paciente tem o seu próprio jogo de agulhas, o ideal é que sejam esterilizadas após cada aplicação.
Fontes: Evaldo Martins, clínico geral e acupunturista da Associação Brasileira de Acupuntura; Alessandra Bedin Ciminelli Rubino, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein (SP)
Para o professor Yong Huang, autor do estudo, a acupuntura e a eletroacupuntura têm um efeito terapêutico muito rápido e produzem uma melhoria notável em casos de transtorno obsessivo compulsivo e de ansiedade.
A técnica pode ser realizada antes mesmo da fecundação e se estender até depois do parto. Segundo o acupunturista e clínico geral Evaldo Martins, da Associação Brasileira de Acupuntura, a prática melhora a qualidade das células reprodutivas (óvulo e espermatozoide). “Antes da concepção, a mulher e o homem podem se submeter à acupuntura. A prática vai deixar as células reprodutivas mais saudáveis e fortes e, assim, facilitar a fecundação”, assegura.
De acordo com Alessandra, os riscos que o método representa são quase inexistentes. “As restrições se aplicam basicamente à eletroestimulação, que é proibida durante os nove meses, e a algumas regiões do corpo”, diz. A eletroacupuntura - em que os profissionais usam aparelhos elétricos para potencializar o efeito da técnica - deve ser evitada durante a gravidez, devido ao risco de aborto e malformação do feto.
Apesar de os riscos serem pequenos, alguns cuidados devem ser tomados. A acupuntura tem que ser (sempre!) realizada por um profissional qualificado, pois alguns pontos do corpo podem provocar contrações uterinas indesejadas, resultando em nascimento prematuro ou até mesmo em aborto. Atenção às agulhas também! Para evitar contaminações, é importantíssimo que elas sejam descartadas após o uso. Mas, se cada paciente tem o seu próprio jogo de agulhas, o ideal é que sejam esterilizadas após cada aplicação.
Fontes: Evaldo Martins, clínico geral e acupunturista da Associação Brasileira de Acupuntura; Alessandra Bedin Ciminelli Rubino, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein (SP)
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